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CONFERÊNCIA ENCERRA SEMANA DA LEGALIDADE 

Postado em: 01-May-2023

JA

                                                             

O Ministério Pública na defesa do interesse público e dos direitos fundamentais dos cidadãos na justiça administrativa, foi o lema escolhido para a conferência, em alusão a semana da legalidade que marca 44 anos de existência da Procuradoria-Geral da República, decorrido no dia 27 de Abril do corrente ano, no auditório do Palácio da Justiça em Luanda que contou com a presença de magistrados do ministério público e judicial, técnicos da justiça, membros do governo, autoridades tradicional e eclesiástica e sociedade civil.

O acto aconteceu momentos depois da inauguração da sede da Procuradoria-Geral da República, sito no distrito da Maianga pelo Presidente da República João Manuel Gonçalves Lourenço.

No seu discurso de abertura da cerimónia o Procurador-Geral disse que, 27 de abril é o dia da PGR, e durante a semana designada “semana da legalidade” realizou-se diversas actividades, quer de âmbito académico quer da educação jurídica e prevenção criminal em todo o país.

 “Este ano comemoramos com um sabor especial por termos inaugurado a nossa sede, um edifício emblemático não só pelo porte do edifício como também pela sua funcionalidade onde se vai concentrar a maior parte dos serviços da PGR que facilitará a coordenação, o acompanhamento de todo os serviços”.

 Hélder Pitta Gróz, enalteceu o processo eleitoral promovido pelo conselho superior da Magistratura do Ministério Público que culminou com a recondução do Procurador-Geral de República e a tomada de posse da vice Procuradora Geral da República.

O Magistrado disse ainda que, a direção que coordena fez um levantamento sobre as condições de trabalho em diversas áreas, tendo concluído no final que os magistrados do Ministério Público, trabalham em condições precárias e prometeu melhora-las nos próximos tempos. “A Procuradoria-Geral da República é hoje vista pelos cidadãos como o garante da legalidade e o seu defensor. As vezes falo com alguns cidadãos, uns chegam mesmo a dizer que quando se dirigem a uma esquadra da policia perguntam se tem um procurador, se lhe for dito que não, prefere ir a uma esquadra onde haja Procurador. Isto mostra claramente o sacrifício e empenho de todos nós”, disse.  

 “Temos pela primeira vez na história da PGR uma senhora a assumir a função de Vice Procuradora Geral da República. No mandato passado tínhamos o Procurador-Geral Adjunto. Mouta Liz, como Vice-Procurador-Geral da República, a quem o agradeço pelo trabalho que desempenhou durante o seu mandato, por aquilo que fez para o bem da nossa casa. À Dra. Inocência Pinto desejo que seja a pessoa que sempre foi, empenhada no trabalho, comprometida, contamos igualmente com todos os magistrados e funcionários nesta empreitada primando sempre pelo diálogo”.

Depois da abertura feita pelo Ministro da Justiça Marcy Lopes, seguiu-se o momento da dissertação dos temas da conferência que contou com a moderação do Procurador-Geral Adjunto da República Pedro da Assunção Mouta Liz, Vários temas foram abordados durante o debate com destaque para o “Ministério Público e a defesa do interesse público e dos direitos fundamentais dos cidadãos à luz do código de processo do contencioso administrativo”, apresentado pelo Professor Carlos Feijó, “o ministério público no âmbito da litigância contra ordenacional” apresentado pelo Procurador-Geral Adjunto Graciano Domingos.  

O Procurador-Geral Adjunto da República, Pedro Ngola, um dos preletores, falou da limitação da possibilidade de representação de funcionários públicos pelo Ministério Público nos litígios emergentes de relações de emprego Público: facto ou mitos?

Para o Magistrado, o Ministério Público é o órgão da PGR encarregado de nos termos da constituição e da lei representar o Estado. A referida representação activa passiva ou passiva é exercida a título de intervenção principal, isto é quando o Estado é autor ou réu, requerente ou requerido, exequente ou executado. A representação do estado pelo Ministério Público não abrange a administração estadual indirecta (instituto Público e empresas Públicas).

Sempre que o MP não representar a título de intervenção principal, incapazes ou ausentes em parte incerta, pessoas colectivas públicas ou pessoas colectivas de utilidade pública, bem como trabalhadores, terá intervenção acessória.

O Ministério Público tem igualmente intervenção acessória em todos os processos em que, não intervindo embora quaisquer das pessoas acima mencionadas neles se suscitarem questões de interesse público, assim como nos processos de insolvência ou recuperação de empresas. 

Já o Docente de direito administrativo na Universidade de Católica de Angola, Moreira Lopes, falou das novas acções administrativas e o papel do Ministério Público. Moreira Lopes, disse que recentemente foi aprovado o código de processo contencioso Administrativo, um diploma importante para a defesa dos direitos fundamentais dos cidadãos e dos interesses público, por via da intervenção dos tribunais. Este diploma consagra regras novas, que vão exigir de cada um dos intervenientes, Estado Administração pública, Tribunais, Ministério Público, advogados etc., novas posturas, novas formas de agir. O documento opera mudanças profundas, “estamos diante de uma revolução no sistema de contencioso administrativo angolano”, disse.

O docente universitário afirmou ainda que, o código de processo Contencioso Administrativo consagra vários tipos de processos, na base da ideia de construção de um contencioso administrativo de plena jurisdição. Situações que podem e justificam a intervenção do Ministério público enquanto órgão da Procuradoria-Geral da República essencial à função jurisdicional, a quem compete representar o Estado, defender a legalidade democrática e os interesses que a lei determinar. Com isso podemos verificar que o papel do Ministério Público é mais amplo ao nível do contencioso administrativo.

 

 

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República de Angola
Procuradoria Geral da República

MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA 2020

Caros Magistrados do Ministério Público, Técnicos de Justiça e Funcionários Administrativos da Procuradoria-Geral da República;

O final de cada ano civil, é marcado, entre nós e não só, com a habitual Cerimónia de Cumprimentos de Fim de Ano. E no acto cumprimentamo-nos, literalmente, abraçamo-nos e trocamos afectos, pois pela dispersão territorial dos serviços da Procuradoria-Geral da República e pelas exigências laborais quotidianas, muitos de nós só têm a oportunidade de estar juntos pessoalmente nesse dia.

É também o momento em que fazemos o balanço das actividades do ano que finda e perspectivamos o ano vindouro.

Mas o ano 2020 pôs à prova todos os nossos prognósticos e retirou da categoria de cliché as expressões “Resiliência e Reinvenção”. A dura realidade que vivemos por decorrência da pandemia da Covid-19, que assola o mundo inteiro, alterou radicalmente a forma como encaramos a vida, o convívio e o trabalho.

Embora com cautelas redobradas, cumprindo com as regras de biossegurança e de distanciamento físico, a Procuradoria-Geral da República não deixou de prestar os seus serviços à sociedade, na medida em que a sua actuação se mostra essencial ao normal funcionamento do Estado Democrático de Direito. Deste modo, trabalhamos na instrução preparatória, quer realizando-a directamente, quer fiscalizando os processos instruídos pelos órgãos de investigação criminal; na fiscalização dos actos migratórios e na tramitação dos processos junto dos tribunais de jurisdição comum e dos tribunais superiores, sem descurar o apoio jurídico prestado aos cidadãos e às instituições públicas.

No ano atípico que está a findar, importa destacar aqui algumas actividades desenvolvidas pela Procuradoria-Geral da República:

- Para salvaguardar o bem vida, e seguindo as recomendações dos organismos internacionais em matéria de direitos humanos, foi levado a efeito um programa de contenção da propagação da COVID-19 nos estabelecimentos prisionais, com a cooperação dos Tribunais e do Ministério Interior, do qual resultou a soltura provisória de cerca de 2753 arguidos que se encontravam em prisão preventiva;

- No plano da criação de condições materiais para o funcionamento dos órgãos da Procuradoria-Geral da República, foi inaugurada a Procuradoria-Geral da República na Região Sul, no Lubango, que se enquadra numa experiência piloto de reorganização dos serviços, integrando, além da Huíla, as províncias do Namibe, Cunene e Cuando Cubango;

- Ainda no âmbito do funcionamento das regiões, foi realizada a Primeira Reunião Alargada da Região Norte, que integra as províncias do Bengo, Cabinda, Cuanza Norte, Malanje, Zaire e Uíge, que albergou o encontro, tendo sido feito um balaço positivo das actividades desenvolvidas no ano de 2020;

- Em matéria de gestão dos recursos humanos, nomeadamente quanto à promoção do género, registamos um considerável aumento de magistradas do Ministério Público na direcção de órgãos da Procuradoria-Geral da República, sendo que actualmente 6 órgãos da direcção central da PGR e 5 órgãos províncias são dirigidos por mulheres de reconhecido mérito e profissionalismo;

- Durante o ano de 2020, 70 Auditores de Justiça terminaram a sua formação curricular e estágio no INEJ, pelo que aguardam pelas nomeações como Magistrados do Ministério Público, o que se enquadra num esforço para ir mitigando a carência de recursos humanos;

- Por outro lado, encontram-se em estágio os Sub-Procuradores- Gerais da República selecionados para os Tribunais da Relação de Benguela, Huíla e Luanda, cujo funcionamento se prevê para breve;

- Um número considerável de magistrados do Ministério Públio integra a Comissão de Reforma da Justiça e do Direito e as suas diversas subcomissões técnicas, que mesmo em plena pandemia, não pouparam esforços, trabalhando em plataformas de videoconferência para elaborar propostas de diplomas legais, alguns dos quais já em fase de consulta pública;

- O reconhecimento de que o bom funcionamento da Procuradoria-Geral da República não depende apenas da prestação de serviço dos magistrados do Ministério Público, levou a que se trabalhasse de modo aturado com os órgãos competentes para que o processo de transição e promoção dos Técnicos de Justiça ficasse concluído, pelo que cerca de 672 funcionários da Procuradoria-Geral da República beneficiaram de actualizações das respectivas categorias;

- No plano do combate à impunidade, a par das centenas de milhares de processos movimentados em todo o país, nas mais diversas jurisdições e áreas de actuação do Ministério Público, importa destacar a existência de 1522 processos relacionados com criminalidade económico-financeira e patrimonial, de onde se destacam os crimes de peculato, branqueamento de capitais, recebimento indevido de vantagens, participação económica em negócio, corrupção activa e passiva e burla por defraudação;

- A este propósito foram apreendidos e/ou arrestados bens móveis e imóveis, constituídos com fundos públicos ou com vantagens do crime, no valor equivalente a cerca de USD 4.232.320.000.00 (quatro mil, duzentos e trinta e dois milhões e trezentos e vinte mil dólares norte- americanos) tais como fábricas, supermercados, edifícios, imóveis residenciais, hotéis, participações sociais em instituições financeiras em diversas empresas rentáveis, material de electricidade, etc;

- Até ao momento, o Serviço Nacional de Recuperação de Activos solicitou às suas Congéneres no exterior do país a apreensão e/ou o arresto de bens e dinheiro no valor de USD 5.434.100.000.00, como é o caso da Suíça, Holanda, Luxemburgo, Portugal, Reino Unido, Singapura, Bermudas, entre outros países;

- O Estado recuperou, definitivamente, até ao momento, em dinheiro e bens cerca de USD 5.329.007.842,82. Ou seja, USD 2.709.007.842,82 em dinheiro e USD 2. 620.000.000,00 em imóveis tais como, imóveis habitacionais, escritórios, edifícios, fábricas, terminais portuários, participações sociais em empresas, etc;

- Tendo como objectivo o reforço da capacidade técnica dos magistrados do Ministério Público, foi elaborado um Manual de Boas Práticas para Magistrados do Ministério Público na Instrução Preparatória, que está em fase de adaptação aos novos Código Penal e Código do Processo Penal;

- Ainda no capítulo formativo, e tendo em atenção a data de início de vigência do Código Penal e do Código do Processo Penal, está a decorrer uma acção de formação com a participação de todos os magistrados do Ministério Público, em especial dos que actuam na área criminal, sobre as grandes mudanças que os novos diplomas legais irão introduzir no nosso ordenamento jurídico-penal. Os formadores são magistrados do Ministério Público que participaram na comissão que elaborou dos referidos diplomas legais e um técnico sénior do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos e temos nos socorrido das plataformas eletrónicas de videoconferência para permitir a cobertura nacional, em simultâneo, das sessões de formação;

- E porque pretendemos preservar para a posteridade a história da Procuradoria-Geral da República, contada pelos seus fazedores, isto é, pelos próprios magistrados do Ministério Público, publicamos o livro PGR 40 Anos, 40 Memórias, I Volume, um projecto lançado aquando celebração do 40o aniversário da Procuradoria-Geral da República, assinalado no dia 27 de Abril de 2019;

- Ainda ao longo deste ano, vários magistrados do Ministério Público publicaram obras e artigos científicos em matéria de direito, o que queremos aqui encorajar e incentivar o estudo e a investigação do direito no nosso seio.

Caros Magistrados do Ministério Público, Técnicos de Justiça e Funcionários Administrativos da Procuradoria-Geral da República,

Em 2020, certamente, ficaram caminhos por percorrer e metas por alcançar, porque a palavra de ordem era e ainda é: Fique em Casa!

Mas em 2021, estamos optimistas de que sairemos de casa, com a mesma vontade e determinação de colocar a nossa pedra na construção de uma Angola democrática, fortalecendo a Procuradoria- Geral da República, porquanto:

- Almejamos concluir o concurso para a nomeação de 12 novos Procuradores-Gerais Adjuntos da República para melhore responder às exigências laborais ao nível superior;

- Pretendemos ver aprovados os diplomas legais que regerão a actividade da Procuradoria-Geral da República, dos magistrados do Ministério Público e dos Técnicos de Justiça, sendo que irão dinamizar e optimizar o nosso funcionamento;

- Pelo facto de os resultados do funcionamento das Regiões da PGR (Norte e Sul) terem sido bastante animadores, estamos a ponderar estender a experiência a outras regiões do País;

- Continuaremos a trabalhar afincadamente no domínio da gestão dos recursos humanos e na formação dos magistrados do Ministério Público e dos técnicos de justiça da Procuradoria-Geral da República, no âmbito da implementação do Plano de Formação da Procuradoria-Geral da República para o triênio 2020 -2022;

- Reforçaremos o intercâmbio e a cooperação com os órgãos de soberania e com as instituições estrangeiras congéneres, pois num mundo cada vez mais complexo e globalizado, não lograremos sucessos se a nossa actuação for isolada;

- Neste sentido, foram remetidas 16 Cartas rogatórias a países como os E.U.A, Portugal, Reino Unido, Espanha, Africa do Sul e Namíbia, sendo que 7 já foram cumpridas. Por outro lado, recebemos para tratamento 82 pedidos rogatórios dos seguintes países: Portugal, Brasil e Namíbia. E a Procuradoria-Geral da República já cumpriu e devolveu 11 cartas rogatórias;

- Importa ainda reiterar o nosso apelo para que a Procuradoria- Geral da República seja dotada de meios matérias, técnicos, equipamentos, instalações e recursos humanos para melhorar a sua eficácia e garantir a excelência da sua prestação serviço à sociedade. E uma solução seguida pela maioria dos países que se comprometeram como o combate cerrado à corrupção, aliás, recomendada pelos organismos internacionais sobre a matéria e que desonera o Orçamento Geral do Estado, passa pela afectação de uma percentagem dos bens recuperados no âmbito do combate à criminalidade económica e financeira, para a melhoria das condições de trabalho e aquisição de equipamentos para os órgãos que intervêm na luta contra este cancro que corrói às sociedades;

- Está em curso a construção do edifício-sede da Procuradoria- Geral da República, porém constrangimentos de ordem financeira levaram à paralisação das obras, o que nos preocupa, na medida em que a não existência de instalações próprias tem condicionado a expansão e a modernização dos serviços da PGR;

Finalmente, dirijo uma palavra de apreço a todos que de forma empenhada, consentindo sacrifícios e com espírito de missão contribuíram para que chegássemos ao final de 2020 com a grata sensação de dever cumprido, apesar das vicissitudes enfrentadas.

Assim, formulo votos de saúde e esperança em dias melhores a todos os servidores da Procuradoria-Geral da República.

Boas Festas e Próspero Ano Novo!

Luanda, 30 de Dezembro de 2020.